sábado, 27 de novembro de 2010

Em movimento

Identidade, Atitude e Informação. Estas palavras definem o programa que é transmitido pela Rede Gazeta, aos sábados a tarde, e o que é melhor na hora que a Globo está apresentando Estrelas com Angélica falando da vida alheia.

O Em Movimento apresenta variedades do ES, anuncia a agenda cultural da semana, e um quadro que se chama Movimento Sustentável, muito legal. Como perdi o programa de hoje, fui até o site para tentar assistir ainda não está disponível mas vale a pena conferir.

Lá encontrei uma pergunta: O QUE VOCÊ FAZ PARA UM MUNDO MELHOR? ... caraca...

Fato! Eu não faço nada... ainda uso spray para passar roupa, desodorante aerosol, mousse de cabelo, não reciclo todo lixo da minha casa, ainda aceito sacolinhas plásticas no supermercado, fumo...

Mas nunca jogo lixo na rua, não jogo vidros, latas e embalagens plásticas no lixo doméstico, levo até a Coleta Seletiva.

Sei que hoje passou uma matéria sobre gentileza. Será que perguntaram se tem alguém fazendo gentileza com o nosso mundo?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Clube 106


O clube foi construído pelos 106 primeiros moradores do bairro para terem um local de lazer. Está localizado numa área residencial, onde o bar mais próximo fica a uns 400mts. Domingo a tarde, fui tomar um café amargo na casa de minha amiga e passei em frente ao clube. Para minha surpresa estavam vários jovens do lado de fora, e para minha indignação constatei que nenhum deles era morador do bairro e para meu desgosto a música que tocava era funk. Cheguei na casa de minha amiga e perguntei se ela sabia que tipo de festa estava acontecendo no clube, a resposta dela foi: Baile Funk... alguém alugou o clube para promover bailes todos os domingos. Fiquei mais indignada ainda e como estávamos em cinco mulheres para o café, começamos a discutir sobre o fato de nosso bairro ser " invadido" por pessoas de "comunidades"... Às 22 horas, quando fui embora, para meu azar o baile estava acabando. Comentei com as outras amigas que estava com medo e escutei: "Ah, você também é muito medrosa e preconceituosa..."
Na segunda-feira estava na primeira página do jornal: Rapaz é baleado saindo de baile em Jardim da Penha. E aí? Insegurança virou medo e preconceito?
Vou procurar a Associação de Moradores para registrar minha insatisfação.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Rua da Lama

Enquanto eu tomo meu café amargo, eu ainda boto fé de ... ter minha cidade de volta.
Outro dia fui no Cine Teatro da UFES com minha amiga Lo. Fomos assistir a VI Mostra Produção Independente - Filmes, Shows e Debates. O curta de abertura foi "Rua da Lama". MARAVILHOSO!!! 

Mas foi muiiiiito nostálgico... mostraram a rua da época que os bares estavam começando a surgir, não tinham prédios em volta, as pessoas eram mais presentes, aconteciam festas e shows com muita frequência.

A Rua da Lama é e sempre foi o lugar de boemia, frequentado por artistas, intelectuais, jornalistas e universitários. Tem fama de gueto mas na minha opinião o melhor lugar para se tomar uma cerveja.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Para quem não pode mais ver o Mestre Álvaro da janela do seu quarto

As cidades crescem e a posse de cada lugarzinho, de cada recanto que marcou histórias individuais, acabam mudando de mãos. Ou, pior, tornando-se logradouro público. Lembro de quando "desbravava" o mato para caçar calango na Pedra da Cebola. Hoje, vejo que se tornou ponto turístico. Neste mesmo matagal tinha uma pedreira, onde descíamos para pegar frutas em árvores mais inalcançáveis. O problema era subir a pedreira - e uma vez eu quase caí. Ainda nesse mesmo mato tinha um laguinho onde a gente pescava de caniço. Mais adiante tinha a Seidel, com um campinho de areia ao fundo.
No bairro, com pouco mais de 4 mil pessoas, um dos assuntos em pauta era o eterno clássico Butantã x Capelinha, times que dividiam Jardim da Penha geograficamente. A Avenida Dante Michelini ainda não tinha sido duplicada, o que nos fazia conviver com ressacas em Camburi, ondas que se chocavam violentamente na proteção de pedras colocada para evitar a erosão, onde hoje fica o Hotel Aruan. 
Tinha o Cine Paz e o Cine Glória e, em frente a este último, o melhor churrasquinho de espeto que já comi na vida - gosto sempre de lembrar.
É comum e muito nostálgico contabilizar memórias. A vida segue, a fila anda, deixamos de ser aquelas pessoas que habitavam um lugar que não mais existe, a não ser na memória. Se bem que este blog poderia ser dedicado à memória da cidade. Vale a pena falar, vale a pena registrar o que somente está presente na mente - e me desculpe a rima, mas era necessária para a precisão semântica.
Em cada cidade as novas gerações se apossam dos novos recantos e, daqui a alguns anos, vão estar contando histórias semelhantes, embora em outro contexto e sem aquele velho e delicioso bucolismo do passado.
Já não reconheço mais esta Cidade Sol com o céu sempre azul... mas este post é uma colaboração dada a uma grande amiga, que precisa dar expressão virtual aqui no blog a estas reminiscências, antes que elas se percam na turva névoa da memória.


“Vi coisas nas quais vocês nunca acreditariam. Naves de ataque em chamas perto da borda de Orion. Vi a luz do farol cintilar no escuro no Portal de Tannhaüser. E todos esses momentos se perderão no tempo como lágrimas na chuva. Hora de morrer...”
Ridley Scott

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Liberdade de ser

Eu tenho preguiça de quem não comete erros.
Tenho profundo sono de quem prefere o morno.
Eu gosto do risco. Dos que arriscam.
Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres.
Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar.
Eu vivo é pra sentir...